Ah, o Amor!

 Por Dayane Oliveira

Como as pessoas, nós, banalizamos essa palavra, esse sentimento. Eu vejo tantas pessoas dizerem “Eu te amo para sempre”, mas o que não entendemos é que o “para sempre” não existe. E nunca existirá. Por mais que seja verdadeiro, seja real, mas um dia acaba de alguma forma ou outra. Não que sempre irá acabar de formas desastrosas, não é isso o que quero dizer. Mas se até nossa vida um dia tem fim, quem dirá o amor de alguém por você ou você por alguém?  E para exemplificar isso nada mais do que algo que Vinicius de Moraes diz, em seu poema Soneto de Fidelidade. “Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure”

Esse sentimento sem explicação, que nos consome a alma, que faz nosso coração acelerar, as pernas bambearem, faz um medo até do que falar. Sim, esse é o tal chamado "Amor". Amor esse que todos sentimos, mas sem explicação alguma deixamos muitas vezes de dizer que amamos. Será por vergonha, medo? Será por quê? Me pergunto tantas vezes por que nós mesmos nos deixamos levar pelas banalidades dessa vida. A vida seria tão simples se não a complicássemos tanto. Por que na realidade ela é simples, mas ai vem o ser humano com todos os seus defeitos e qualidades, suas confusões sentimentais e bagunçam tudo.

Na realidade o ser humano é o único culpado de tudo. Deus é tão perfeito em tudo que fez e faz. Ele te fez perfeito, nos fez à sua imagem e semelhança e como nós somos? Realmente éramos para ser assim, tão cheios de defeitos? Se Jesus veio para ensinar, para propagar o amor, para nos ensinar que é amando que se é amado, perdoando que se é perdoado por que nos custa tanto seguir esse simples gesto? Amar alguém, amar ao próximo é complicado, sempre queremos que a pessoa seja perfeita a nossa maneira e quando percebemos que ela nunca será do jeito que queremos deixamos de amar, de tratar bem, deixamos de respeitar.

Quando digo amar ao próximo, digo amar a todos, sem exceção. Onde está escrito que temos só que amar o belo? Por que também não amar o que não é belo? A beleza está na visão de cada um. O que é belo para mim pode não ser para você e assim vice e versa.

Engraçado é que o ser humano vive em busca do amor (seja amor dos pais, irmãos, amigos, amores e por ai vai). Vivemos em busca desse sentimento e não percebemos, às vezes, que quem mais nos ama está ao nosso lado. Muitas vezes deixamos passar oportunidades por besteiras e perdemos alguém que realmente poderia gostar de nós, como somos de verdade. Não existe amor perfeito, eu sei. Não existe essa perfeição no amor, porque igual disse antes, sempre vamos nos desagradar com algo que o outro fizer e com isso, às vezes, nos decepcionamos. Além de conversarmos para tentar resolver o que não nos agrada, vamos acumulando essa “raiva” toda e esse é o primeiro passo para o fim, do que poderia ter sido um amor, um gostar simples, bonito e verdadeiro.

Eu acredito no amor. No amor da minha mãe por mim, no amor de Deus por todos nós, no amor dos irmãos, no amor dos amigos. E também acredito que possamos amar alguém e este alguém nos amar. Apesar de todas as coisas, de tudo que queremos e não temos. De todas as decepções, acho que nunca devemos parar de procurar esse amor. Um dia o encontraremos. Nem que seja por um segundo, por um momento.  

“Felizes são os poetas que conseguem fugir de si mesmo, fugir do mundo. Capazes de  abrigarem-se em mundos novos, mundos onde não há o sofrimento, o vazio, a escuridão que todos se vêem.”

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Dedido este post a uma pessoa que conheci há pouco tempo. Muito pouco tempo, por sinal, mas me conquistou com toda essa sua vã filosofia. Você, meu caro, com toda sua sensibilidade para as belezas do mundo, seu bom gosto musical me conquistou. Nem sei se posso te chamar de amigo, mas amigo, com todas essas nossas conversas durante esses dias me fez pensar bastante. Pensar em muitas coisas importantes e outras irrelevantes para a minha vida. Obrigada por isso! Afinidade não se explica, não é mesmo? Sweetbill, Bill Bill este post é dedicado a você